
Um caso de suspeita de manipulação no futebol brasileiro veio à tona após a partida entre Juventude e Vitória, válida pela primeira rodada do Brasileirão 2025, realizada no último sábado (29/04) em Caxias do Sul. O atacante Ênio, do Juventude, recebeu um cartão amarelo que gerou alerta em casas de apostas devido a um volume anormal de apostas. O caso está sob investigação após ser reportado ao Governo Federal e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
De acordo com o Globo Esporte (GE), o cartão amarelo foi aplicado aos 36 minutos do primeiro tempo pelo árbitro Paulo Cesar Zanovelli. A punição ocorreu após Ênio reclamar de uma marcação de falta perto da área do Juventude. O que chamou a atenção foi o comportamento das apostas relacionadas a esse evento. Seis casas de apostas informaram que as apostas no cartão amarelo de Ênio ultrapassaram 10% do total apostado na partida. Segundo o GE, o esperado é que esse tipo de aposta não exceda 1% do total, e valores acima de 3% já são considerados suspeitos. Em uma das casas, 99% das apostas em cartões no jogo foram direcionadas ao atacante.
A reportagem do GE apurou que três apostadores envolvidos no caso foram identificados como atletas, o que é proibido pelas regras do futebol. Jogadores, árbitros, dirigentes e membros de comissões técnicas não podem realizar apostas em partidas. As casas de apostas sinalizaram o caso às autoridades devido ao padrão incomum detectado.
O Juventude ainda não se manifestou oficialmente sobre a situação. Segundo a ESPN, o clube busca entender os detalhes antes de tomar uma posição sobre o envolvimento de Ênio. O atacante foi afastado da partida contra o Botafogo, marcada para este sábado. O clube informou ao GE que o motivo do afastamento seria uma proposta de venda, sem revelar o destino do jogador.
A investigação foi iniciada após o alerta das casas de apostas. O caso ganhou destaque porque o volume de apostas no cartão amarelo de Ênio superou em muito os padrões normais. As seis casas de apostas que reportaram o problema indicaram que o percentual de 10% nas apostas relacionadas ao jogador estava bem acima do limite de 3%, considerado suspeito. O fato de 99% das apostas em cartões em uma das operadoras terem sido direcionadas a Ênio reforça a suspeita de manipulação. O
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Os próximos passos da investigação incluem a análise de registros das apostas e dos eventos da partida. Até o momento, não há informações sobre os resultados ou possíveis punições. O caso segue em apuração pelas autoridades competentes, com acompanhamento da CBF e do Governo Federal.
O episódio envolvendo Ênio é um dos casos recentes que levantam questões sobre apostas no futebol brasileiro. As informações divulgadas pelo GE e pela ESPN apontam que o cartão amarelo, aplicado em um momento específico do jogo, foi o foco de um volume atípico de apostas, o que motivou a denúncia e a investigação em curso.